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O que é o “Almanaque dos cartunistas (undergrounds) cearenses”?
É uma revista autoral, independente, feito a várias mãos em forma de produção cooperada em inúmeros sentidos e que reúne a nova geração de cartunistas que estão produzindo entre os anos 90 até os dias de hoje.
A revista contará com a participação desde cartunistas premiados e ilustradores
profissionais, até a mais nova geração de cartunistas do Estado.
Porque fazer uma revista de quadrinhos em Fortaleza?
A pergunta seria “por que não fazer uma revista em quadrinhos em Fortaleza?”. Fortaleza é um pólo de grandes nomes e grandes produtores artísticos espalhados por toda a cidade e produzindo constantemente.
Também é uma cidade cuja riqueza cultural é grande e diversificada proporcionalmente ao seu descaso com a mesma. Poucos meios de comunicação dão espaço e/ou apoio cujo quais os artistas e suas obras merecem.
O meio underground fez com que surgissem grandes nomes. Porém, tais nomes revolucionariamente novos, por estarem em um espaço essencialmente alternativo, são limitados ao seu nicho, restringindo tal informação e conhecimento à maioria da população de Fortaleza. Por isso, se faz necessário a geração e renovação de um espaço onde os profissionais artísticos fortalezenses possam mostrar seus trabalhos e olhares de forma mais ampla, em busca da conquista de um público novo que seja leitor, ou não, de revistas em quadrinhos.
A idéia de fazer uma produção autoral e independente de quadrinhos é o resultado de muito esforço das pessoas que estão envolvidas no projeto, e possui o intuito de divulgar aos moradores de Fortaleza que existe, sim, a possibilidade de se produzir algo de qualidade e inovador sem precisar sair do Ceará.
A cidade como cenário
Fortaleza é uma cidade nacionalmente conhecida pelo seu humor, pela ironia e pelo perfil lúdico de suas personalidades, características essenciais para o cartum.
Através do “Almanaque dos cartunistas (undergrounds) cearenses”, apresentaremos novos olhares não somente quanto às histórias em quadrinhos, mas usaremos de tal ferramenta para a construção de um retrato diferente do nosso cotidiano, sem estereotipar a cidade e seus moradores. Será uma nova perspectiva daquilo que chamamos nosso, e que está nos muros e nas ruas, na realidade sensível que nos cerca.
